18.2.11

Mais de metade dos portugueses que fazem férias vêm para o Algarve

Ir para fora cá dentro está na moda. 52,7% dos portugueses que fazem férias escolhem o Algarve, muito longe dos 10,3% do Alentejo e 7% da Madeira, enquanto para o Porto e Açores vão 6,1%. Veja aqui o perfil do turista nacional.

São da classe alta (A), média alta (B) e média(C), jovens (até 34 anos), residem nas zonas de Lisboa e Porto, deslocam-se de automóvel, alojando-se as classes A/B em hotéis e aparthotéis, eis a síntese do estudo sobre o mercado nacional que pretendia traçar o perfil dos portugueses que fizeram férias nos últimos três anos.

Realizado pela Marketest a pedido da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT) o estudo contou com as respostas a um inquérito realizado a 1003 cidadãos maiores de 18 anos, de ambos os sexos, residentes em Portugal Continental e Ilhas, realizados durante novembro passado e cuja margem de erro é de 3,09 pontos percentuais, avança a edição online da revista especializada Turisver.

O estudo adianta que entre os inquiridos, 61,4% passou férias ou, no mínimo, um fim de semana fora da residência habitual, nos últimos três anos.

Em termos de capacidade económica, 33% incluem-se nas classes A/B (alta e media alta) enquanto 31% provém da classe média.

No que concerne ao local de residência, a Grande Lisboa (24%) e a área metropolitana do Porto com 21% do total, são as regiões onde há mais pessoas a sair de casa.

Por faixa etária, o grupo mais expressivo dos que gozam férias fora da residência (41%) têm entre 18 e 34 anos.

90% dos que fazem férias viajam no país e mais de 50% vêm para o Algarve

Relativamente à escolha do destino, uma expressiva maioria de 90,3% opta por viajar em Portugal, tendência que é mais acentuada nas faixas etárias dos 18 aos 24 anos e na dos 45 aos 54 anos.

Da maioria que escolhe viajar no país, 52,7% vêm para o Algarve, muito longe dos 10,3% do Alentejo e 7% da Madeira, enquanto para o Porto e Açores vão 6,1%.

Quanto ao alojamento preferido, reflete a capacidade económica: Nas classes alta e média alta 70,5% escolhem hotéis e aparthotéis, enquanto apenas 34,4% da classe média e média baixa faz esta opção, que no entanto atinge 52,1% do total dos veraneantes.

Registe-se ainda que, embora não sejam adeptos das reservas, 26,9% dos que viajaram, utilizaram os serviços disponíveis online, sobretudo os mais jovens (42,1% dos que têm entre 25 e 34 anos) e das classes alta e média alta (42,5%).

O fator preço das ofertas online ditou a escolha para 38,6% dos que realizam compras por esta via, usada preferencialmente para a reserva de alojamento e compra de bilhetes de avião.

Espanha e França e Caraíbas são destinos preferidos "lá fora"

A franja dos portugueses que escolhem viajar para o estrangeiro também não se desloca para muito longe: 24% vai a Espanha, 23,4% ficou no resto da Europa, com destaque para os 41,7% que escolhem a França como destino e, com menos de metade das preferências surge a Inglaterra, com 22,9%.

Fora do continente europeu, 5,5% vai ao Brasil seguindo-se as Caraíbas, que concentraram 3,4% das preferências, em especial Cuba com um quota de 42,9% das viagens.

Já na categoria “outros destinos”, que regista um percentil de 11% dos viajantes, Cabo Verde lidera (23,5%) seguido de Marrocos com 14,7%.

Um dos objetivos do estudo era aferir da utilização das agências de viagens na organização das viagens por parte dos portugueses, concluindo-se neste item que entre os 61,4% dos inquiridos que fizeram férias ou pelo menos passaram um fim-de-semana fora de casa, 51,6%, não recorreu aos serviços das agências de viagens, nem sequer na Internet, para a sua marcação.

Entre os restantes, 21,4% apenas utilizou agências, 11,5% usou só a Internet e 15,4% utilizou, pelo menos uma vez, as duas formas de reserva.

A falta de necessidade foi a razão mais indicada pelos que não recorrem aos serviços profissionais. Comodidade, segurança e confiança motivaram, por sua vez os que escolhem usar as agências de viagens.

Já Provedor das Agências de Viagens, é conhecido por 15,7% dos inquiridos, ainda que unicamente 0,6% tenha recorrido à sua intervenção.

13,3 milhões de dormidas de nacionais em 2010 no Algarve

O Algarve registou 13,3 milhões de dormidas turísticas em 2010, o que representa um aumento de 2,6 por cento face a 2009.

"Em 2010, os turistas nacionais alcançaram o melhor registo de sempre na região, com 13,3 milhões de dormidas", ou seja, mais 4,2 por cento das dormidas em relação a 2009, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

"A resposta muito positiva dos portugueses reforça a importância das competências de atuação do Turismo do Algarve neste espaço geográfico", considerou o presidente do Turismo do Algarve, Nuno Aires, em comunicado de imprensa.