26.4.10

Portugal é um dos 4 destinos mais populares...

Portugal é um dos quatro destinos mais populares para se ter casa de férias.

Quem o afirma são os especialistas da Press Association, citando dados do portal Rightmove, um espaço da internet dedicado à venda e ao arrendamento de imóveis.

Nesta notícia, acrescenta-se que a procura de propriedades, através da Internet, aumentou em média 60% em Março p.p., relativamente a 2009, valor que no caso da Costa Verde atingiu a impressionante cifra de 106%.

Algarve, como sempre, mas também Lisboa e a Costa da Prata são duas regiões de elevada procura, tendência igualmente confirmada pela empresa de intermediação monetária Moneycorp, que também salienta as vantagens de quem compra em euros.

O aumento muito significativo da procura do residencial turístico no Norte de Portugal e no Algarve não destrona a Costa da Prata – grosso modo a costa litoral entre Lisboa e o Porto - como a região mais pretendida por investidores imobiliários estrangeiros e por quem escolhe Portugal como segundo país.

A candidatura ao Mundial de Futebol de 2018, a abertura do Autódromo Internacional do Algarve e os investimentos de Virgin Active em Portugal (“health clubs”) foram, reconhecidamente, empurrões fundamentais para este aumento da procura, um sinal muito positivo para a própria economia do país.

Portugal volta a estar na moda como destino turístico, o que nos obriga a ser mais exigentes e mais profissionais em todos os serviços que prestamos. Não basta ser simpático e poder apresentar um clima de características muito amenas. A qualidade da oferta turística tem de corresponder às exigências da procura.

Não podemos olhar para um campo de golfe como quem olha para um luxo ilegítimo, pois, hoje, um campo de golfe é um investimento eficaz para o turismo, nem podemos aceitar que num aeroporto internacional, como o do Porto, o pagamento do abastecimento de uma aeronave particular, se não for feito em cash, tenha procedimentos burocráticos mais próprios do Terceiro Mundo.

Global e turisticamente, Portugal volta a estar na moda, mas é preciso dar mais atenção aos pormenores. É que, não basta estar bem nos “por maiores”. É preciso acompanhar esta tendência em todos os aspectos. E chamar a atenção para esta revolução de mentalidades é tema a que não me canso de voltar.

Blog Imobiliário em Portugal

21.4.10

Portugal no topo das preferências na procura de casa de férias

O interesse na compra de casas de férias disparou em Março e Portugal lidera a lista dos destinos mais procurados, especialmente a Costa Verde, no norte do País. Segundo a Press Association, que cita os dados do “website” Rightmove, que opera na área da venda e arrendamento de imobiliário, a procura de propriedades através da Internet aumentou 60% no mês passado face a Março de 2009.

O maior aumento deu-se no âmbito das propriedades na Costa Verde, em Portugal, cujas pesquisas “online” subiram 106%, de acordo com a mesma fonte. Lisboa e a Costa da Prata são também duas regiões com bastante procura. Assim, Portugal substitui a Austrália no quarto lugar do “ranking” dos destinos mais populares para se ter uma casa de férias, salienta a Press Association, citando os dados do Righmove,

Blog Imobiliário em Portugal

14.4.10

Quatro Estrelas Lideram Dormidas

Os dados preliminares do INE relativos à hotelaria de Fevereiro apontam para um crescimento nas dormidas de 1,1% para 2 milhões e alguma “estabilidade” nos proveitos totais (-0,2% para 88,7 milhões de euros) e de aposento (+ 2,4% para 57,6 milhões de euros) face ao período homólogo. O RevPAR teve um crescimento de 2%, passando a 17,8 euros.

Por categorias, os hotéis de cinco estrelas registaram crescimentos nas dormidas de 10,8% e 10,9% respectivamente. Ainda assim, foram os hotéis de quatro estrelas que obtiveram o maior número de dormidas em hotéis face a Fevereiro de 2009, com 558,2 mil dormidas.

O aumento das dormidas foi impulsionado pelos não residentes (+1,9%), uma vez que as dormidas dos residentes caiu 0,2%.

As regiões do Norte (6,7%), de Lisboa (4,9%) e do (4,4%) observaram os maiores crescimentos nas dormidas, seguidas do Alentejo (3,2%) e do Centro (1,2%).

As Regiões Autónomas, pelo contrário, registaram quebras nas dormidas (Açores com 4,4% e Madeira com -11,5%). O INE justifica o “forte decréscimo da Madeira com a influência das condições climáticas adversas que afectaram a região, a par da redução da oferta turística devido ao encerramento temporário de algumas unidades hoteleleira”.

Carina Monteiro in Publituris

7.4.10

"É preciso pôr a Europa a viver no Algarve"

Presidente da Confederação do Turismo Português assume novo mandato até 2013


Relançar o Algarve como sítio para viver o ano inteiro ou atrair empresas multinacionais a Lisboa é o projecto da Confederação do Turismo Português (CTP), onde José Carlos Pinto Coelho foi reconduzido na presidência até 2013. Com o turismo em Portugal a sofrer quebras de 30%, defende que é preciso mudar de visão e que o programa Allgarve "já não interessa".
  
Recuperar o turismo é a meta que domina a agenda da Confederação. Acredita numa recuperação em 2010?
Não, em 2010 vamos ter o resultado do que fizemos em anos anteriores, que não nos dá grande optimismo. Para este novo mandato, temos um slogan que é criar condições de crescimento. Significa alinhar um conjunto de factores que nos permitam crescer outra vez. Desde 2000 que o caminho que está a ser seguido no país não é o melhor. Portugal precisa de ideias novas, projectos fortes e diferentes dos que existiam até agora, porque o mundo é diferente do que pensávamos há dois, três anos. Não vale a pena continuar a insistir que o problema é promoção ou baixar preços. É preciso traçar novas metas.

Que metas são essas?
No turismo, temos uma ideia clara do que tem de acontecer. Vamos deixar o Governo e os partidos políticos discutirem os seus problemas, quanto menor for a intervenção do sector público melhor para nós. Um exemplo recente é a campanha do Allgarve, em que nós não fomos ouvidos. Foi a campanha que apareceu na altura para promover o Algarve, e foi o que foi. No mundo novo que existe, tenho a certeza de que se deve promover o Algarve como um bom sítio para viver. Passar a vender em inglês "Algarve, a Place for Living", em vez de Allgarve. É uma visão revolucionária e atrevida para o Algarve.

Mas não é o que já está a ser feito com as segundas residências?
Não. Estamos a falar de criar uma base no Algarve para a Europa viver lá. E isto não custa dinheiro. Comparado com o resto dos projectos, é quase a custo zero, porque as infra-estruturas já existem. O que é caro é fazer uma Vilamoura II. Há investimentos brutais que estão feitos, são lindos, mas neste momento viver só da sazonalidade não dá, porque há destinos muito mais baratos que nos estão a roubar os clientes. Estamos mal preparados para o que está a acontecer neste momento. Temos infra-estruturas caras instaladas, hotéis bons, estradas boas, e viver só do turismo sazonal é manifestamente pouco, não traz riqueza. Veja-se o que está a acontecer com o sul de Espanha, que está quase vazio, com a maioria dos hotéis fechados. E no Algarve, o primeiro trimestre deste ano foi pior do que o ano passado, o que parecia praticamente impossível. O actual modelo do Algarve está esgotado. Para a Europa civilizada e com dinheiro, é um sítio luxuoso para se viver, com as infra-estruturas, os hotéis e os apartamentos que tem.

Como vender esta ideia? Através de uma campanha?
Claro. E não desatar a vender antes de alinhar os ingredientes todos, desde segurança, qualidade dos empreendimentos que estão construídos no Algarve, mostrar o que já fizemos com a estrada 125, o hospital novo, dizer que estamos a fazer um centro de congressos para 10 mil pessoas. Isto tem de ser vendido como um produto global. Com a mudança que houve no mundo, com a Turquia a competir connosco, o Algarve é bom de mais, tem estruturas boas de mais e é preciso tirar partido delas, o que implica pôr outra ideia em cima.

Defende então o fim do Allgarve?
Já foi, teve o seu tempo. Com o que se aprendeu, neste momento já não interessa. A partir de agora, interessa vender o Algarve como destino para se viver o ano inteiro. Seria bom ter o Algarve com mais 50% de ocupação, com uma base sólida de gente a viver lá, tal como no sul de França. Neste momento, temos dramaticamente de aumentar a quantidade, senão o nosso futuro vai ser mau. O que temos instalado é de mais para os clientes que temos. Portugal preparava-se para uma época de turismo de ouro, era a visão de há três, quatro anos, com grandes empreendimentos e, claro, quem estava a investir mais sofre agora mais. Mas isso é passado, interessa é pôr em marcha projectos que tragam crescimento.

Como correu 2009?
Correu pessimamente, a maior parte das empresas está em crise, pode-se falar de uma diminuição de 30% na facturação. Porque os nossos clientes tradicionais não têm dinheiro para vir para Portugal e vão para destinos mais baratos. Em Inglaterra há uma crise enorme, a libra está quase igual ao euro. No norte de França, decidiram não perder quota de mercado e cotar os preços em libras. Lição: em momentos de crise, há que ter coragem e agilidade para fazer diferente. O problema crucial da nossa sobrevivência é que o desemprego tem de diminuir, o que obriga a projectos globais, também para cidades como Lisboa ou Porto, em vez de dar tiros casuísticos. A hotelaria de cinco estrelas caiu no ano passado 30% em receitas e as cadeias multinacionais estão a sair de Lisboa. O que nós propomos é Lisboa como capital europeia de negócio, como Madrid ou Barcelona. E se queremos uma Lisboa para as empresas se instalarem ou o Algarve como um sítio para viver, claro que temos de mexer em impostos, criar um sistema atractivo para as empresas se instalarem ou para quem compra casa.

Defende o TGV, mas o presidente da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos já questionou: porquê um TGV Lisboa-Madrid a €120, quando uma low-cost o faz por €20?
Discordo totalmente dessa visão. Não tenho dúvida de que o TGV é um elemento de ligação fortíssimo. É pena que a ligação a Vigo não seja feita, porque sem dúvida que o TGV era uma maneira de o Porto melhorar muito.

E em relação ao novo aeroporto, quais as propostas da Confederação?
Se o novo aeroporto em Alcochete, for competitivo, todos nós o queremos. Mias o nosso problema principal é que o actual aeroporto de Lisboa é caro. E o novo aeroporto vai ser mais barato? Não vale a pena iludir as coisas, porque se for mais caro as pessoas não vêm.

Defende, então, manter a Portela?
Deve-se manter, enquanto o movimento for o que é. Não vale a pena olhar para trás e para as previsões feitas, que já estão totalmente erradas. O que interessa, num prazo de 6, 7 anos, são ligações que permitam chegar mais depressa e mais barato a Lisboa. Pôr já, e de preferência ontem, o terminal 2 a funcionar para low-cost. Quanto às taxas aeroportuárias, que em Lisboa são cinco vezes superiores às de Madrid, é baixá-las. Depois, pode-se começar a avançar com o aeroporto de Alcochete, de forma modular. Se for possível, venha ele. Mas o dado-base para o projecto é que tem de conseguir ser barato, com taxas a competir com Espanha.

Como vê a realização da Ryder Cup em Portugal?
Como golfista, era um sonho brutal ter a Ryder Cup em Portugal. Idealmente, projectos como este deviam ser agarrados a um calendário de grandes eventos. Mas nós só começámos em Janeiro a trabalhar na Ryder Cup, enquanto outros países já o estão a fazer há dois anos e meio, como a Alemanha. E não vai ser fácil competir com a Alemanha.

Perante a discussão do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) em Portugal, vê condições para as metas de crescimento da CTP tomarem corpo?
Não, o que está a ser discutido é um compromisso sem base em projectos. No Orçamento do Estado e actual PEC não vejo lá nada que seja crescimento, por mais que olhe para eles. Estamos a falar em gastar menos no sector do Estado, acho muito bem e até devia ser muito menos. Se calhar, neste momento, é a nós, privados, que cabe ter as costas largas e força suficiente para lançar projectos diferentes, e na Confederação do Turismo estamos mais bem preparados, com uma comissão executiva, para sermos aqui os ‘ideólogos’. Porque se continuarmos a fazer o mesmo, não vai resultar.


CAVALOS-DE-BATALHA DA CTP
  • Promover o Algarve como sítio para viver o ano inteiro (em vez do Allgarve) e Lisboa como sede de empresas multinacionais
  • Criar um sistema de impostos atractivo para as empresas se instalarem em Portugal 
  • Abrir o termina! 2 da Portela a voos de baixo custo (low-cost) 
  • Reduzir taxas aeroportuárias, cinco vezes mais caras do que em Espanha 
  • IVA na restauração à taxa reduzida de 5% 
  • Taxas bonificadas nas facturas de água, luz e gás para hotelaria e turismo como medida temporária até 2013 
  • A nível laboral, negociar o banco de horas com os sindicatos


Construir Alcochete por módulos
O presidente da Confederação do Turismo Português defende que o aeroporto de Alcochete deve ser construído "por módulos, consoante as necessidades que se forem sentindo na realização dos projectos e na ligação à alta velocidade". Segundo Pinto Coelho, o aeroporto da Portela vai poder utilizado por um período de tempo superior ao que estava previsto. E frisa que tudo mudou desde que foi lançado o projecto do novo aeroporto. "As previsões feita há três anos estão totalmente erradas. Esperávamos que o tráfego na Portela tivesse crescido 16% e diminuiu 2%, o que é uma diferença de 20%". Para a CTP, o que interessa agora é apostar em “voos low-cost que tragam mais visitantes a Portugal a preços competitivos".


Conceição Antunes, Expresso